domingo, 22 de agosto de 2010

É UM PROBLEMA DE TODO MUNDO, DO MUNDO TODO!!


Uma coisa é preciso entender: não somos vítimas , somos agentes modificadores, produtos para a reflexão da espécie humana.
Somos parte da sociedade, e dela nos é cobrado todos os deveres sem distinção. Pagamos impostos e precisamos viver digna e honestamente, com o fruto do nosso trabalho, exercendo nosso papel crucial como cidadão . A população transexual no mundo não é de dezenas nem de centenas, mas de milhares e milhares de pessoas que vivem essa condição. Acredito que ninguém prefira viver na marginalização, nós consideramos árdua a caminhada para readequação do corpo físico,mas uma reflexão curiosa me fez pensar em como é vivida a transexualidade no mundo, em países de cultura rígida como o Paquistão, Afeganistão ou índia, por exemplo. A transexualidade não existe somente para países democráticos, ocientais... è um fator presente na espécie humana, onde quer que ela se apresente.
Pensei nas pessoas que nascem em tribos indígenas e sofrem com o transtorno da identidade de gênero, como se manifestam enquanto indivíduos? Percebi então que não tenho grandes problemas, pelo contrário, tenho a liberdade de solucioná-los. Vivo em um país democrático onde os transexuais têm espaço para lutar pelos seus direitos. Sou grato por isso. Não consigo imaginar o que seria acordar todos os dias sem esperança alguma de viver, somente sobrevivendo ao passar dos anos, aparentando ser constantemente algo que não sou. Isso sim seria um verdadeiro filme de horror. E são muitas as pessoas que vivem esse filme na vida real. Pensei nelas, o que eu poderia fazer, se pudesse fazer alguma coisa, se é que não posso!
As culturas sólidas devem ser respeitadas, mas a intolerância deve ser combatida. A medicina talvez seja a porta mais ampla para ingressar no entendimento de certos grupos, fazendo um trabalho sério e dedicado sobre a disforia de gênero, encarando isso como um problema social grave a ser resolvido através da ciência médica. Já que ela tem credibilidade na maioria desses países.
Enquanto na Índia as hijras lutam para serem reconhecidas como mulheres, a realidade social não esconde a marginalização e a cultura paralela que criam em seu universo particular. Muitas pedem dinheiro nos semáforos, a grande maioria se prostitui, e quase todas perderam a referência da família, foram abandonadas e são todos os dias humilhadas. Mas aprenderam a ser temidas, aproveitando-se da supertição da cultura indiana, ameaçam jogar pragas. Porém, como a maioria das civilizações, os homens ( biológicos ), sempre tiveram mais espaço e voz. Os primeiros a se manifestarem na luta pelos seus direitos foram os gays, as lésbicas, desfavorecidas pelo gênero, vieram depois com os movimentos feministas. Imaginem então, o que é viver sendo homem no corpo de uma mulher em um país de cultura Hindu ou mulçumana, onde a intolerância predomina especialmente entre as mulheres?
Não vou pôr conclusão a esta postagem, este é um assunto sério que merece ser estudado e considerado. Mas fica a reflexão, para transexuais ou não.

8 comentários:

  1. Eu, sinceramente, não tenho nada contra. Pelo contrário, acho que você deve ser o que você é por dentro.
    Tenho amigos gays e amigas lésbicas, eles são pessoas normais, respiram, comem, fazem tudo o que eu faço, porque discriminá-los? Temos alguma diferença? Somos todos humanos, nossa opção não interfere no que podemos fazer ou deixar de fazer.

    ResponderExcluir
  2. OLá Pedro, agradeço seu comentário!
    logo abaixo tem uma postagem que dá uma breve explicação sobre a questão do transexualismo, apreciaria que vc lesse para entender um pouco quem somos e que não é uma opção!
    mais uma vez obrigado pela participação!
    um abraço!

    ResponderExcluir
  3. Essa abordagem realmente me comoveu e abriu meus olhos. Podemos nos colocar como agentes da sociedade, lutando por nossos lugares, já que temos essa chance. E ver quem está menos privilegiado que nós nesse aspecto, por viver em países anti-democráticos, nada mais é q um incentivo e uma chance de valorizar nossas oportuindades!! Adorei msmo!

    ResponderExcluir
  4. Obrigado pela colocação Isabella, realmente nos vitimizamos e esquecemos que na verdade somos privilegiados!
    Fico feliz que tenha sido tocada, esse eh um texto introdutório sobre um estudo mais aprofundado que estou fazendo...
    Muito obrigado pelo comentário!
    Um grande beijo!

    ResponderExcluir
  5. Olá,

    Enquanto qql ser humano, longe ou perto, estiver em situação de miséria, fome, discriminação, tortura, entre outras situações que são um ultraje à existência, o problema será de todos.

    E mesmo que fosse apenas um ser humano, ainda assim o problema seria de todos.

    Talvez o dia que enxegarmos que o coletivo é um organismo vivo, que respira e pulsa, onde nós somos células que o constroem, interligadas, cada qual com suas vivências peculiares, possamos perceber que sim, todo problema é de todos.

    Abrs!

    ResponderExcluir
  6. Estou como Holmer, precisamos relevar o ser com todas as suas peculiaridades, pensar no coletivo. Nâo preciso ser índio, transexual, negro, favelado para lutar pelo direito de cada ser e para que a sociedade em que vivemos o reconheça como importante para sua harmonia e enriquecimento.
    Beijo

    ResponderExcluir
  7. A QUESTAO AQUI EMPREENDIDA NAO É ORIENTACAO SEXUAL, IDENTIDADE ETC. SERES HUMANOS MERECEM RESPEITO.SO QUEM SABE O QUE É DISCRIMINACAO É AQUELE QUE PASSA NA PELE. INFELIZMENTE MUDAR MENTALIDADES LEVA SECULOS, TALVEZ UMA ETERNIDADE. A HUMANIDADE ESTÁ PERDIDA. É TRISTE MAS É A REALIDADE. NAO DIGO ISSO PARA QUE NÓS NOS CONFORMEMOS. MAS ALCANÇAR A MUDANÇA E PESNAMENTO VERDADEIRAMENTE NECESSÁRIA SOMENTE POR MEIO DE JESUS CRISTO DE NAZARÉ. ALÉM DO PRINCIPAL: A SALVAÇÃO DAS NOSSAS ALMAS!
    QUEM DERA SE NAO FOSSEMOS PRECONCEITUOSOS! MUITAS INJUSTICAS NAO TERIAM ACONTECIDO.
    QUE JESUS ABENÇOE E NOS AJUDE NAS NOSSAS FRAQUEZAS FISICAS, SOCIAIS E ESPIRITUAIS!!
    NARA

    ResponderExcluir
  8. Essa é uma questão política que precisa ser reconhecida e entrar para a pauta dos debates políticos no Brasil e no mundo.
    Esse tema devia ser abordado nas escolas primárias, assim como o homosexualismo de um modo geral, tendo em vista seu caráter corriqueiro e normal.

    ResponderExcluir